Fluirmente Cast

Ep. 14: O Corpo como Âncora para o Agora

Gérson Floriz Episode 14

Você já sentiu que sua mente é um turbilhão de pensamentos do qual é impossível escapar? 🌪️ No episódio anterior, demos o passo corajoso de reconhecer que não somos a nossa mente. Agora, a pergunta é: como podemos, na prática, nos libertar desse fluxo incessante e encontrar a paz no presente?

No episódio de hoje, vamos explorar uma ferramenta poderosa e sempre disponível para nos ancorar no aqui e agora: o nosso próprio corpo. 🧘‍♂️

Vamos aprender a senti-lo não apenas como uma estrutura física, mas como um campo de energia vibrante. Ao direcionar nossa atenção para as sensações internas, tiramos o poder da mente e a convidamos a se acalmar. Esta prática simples, mas profunda, nos ajuda a dissolver a resistência e a encontrar as soluções para nossos problemas em um nível de consciência mais elevado.

Prepare-se para uma meditação guiada especial no final, onde vamos colocar tudo isso em prática e transformar nosso corpo em um verdadeiro portal para a presença. Vamos juntos?

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Olá a todos, sejam muito bem-vindos ao 14º episódio do FluidMentCast. Olá a todos vocês, mais uma vez, sejam todos muito bem-vindos a mais esse episódio aqui do FluidMentCast. E para a gente recapitular, no nosso último episódio, nós demos um passo corajoso para além da mente. Por que eu digo que isso é corajoso? Por que esse passo é tão corajoso e tão importante? Porque de uma forma ou de outra, nós fomos ensinados, acostumados, doutrinados, qualquer um desses verbos aí, a acreditar que nós somos a nossa mente. E dar um passo, ou libertar-se dessa ideia, na verdade, é um passo de extrema coragem. E dessa forma a gente descobriu que nós não somos essa voz incessante nas nossas cabeças, nós não somos a nossa mente, a gente acaba a nossa conexão com a mente. Exatamente porque a gente ganha consciência sobre esse conceito, sobre essa realidade, sobre essa verdade, a gente consegue a partir de agora explorar essa dimensão que nós vamos chamar de quietude. E com tudo isso que nós tomamos consciência, que nós aprendemos, tanto lá no último episódio, como em outros episódios que nós já fizemos também, falando sobre a quietude, sobre o poder do agora, fica sempre uma pergunta, como é que nós podemos fazer para sair da teoria e ir para a prática? Como que nós podemos permanecer nesse estado de quietude e de presença? Mas antes de ir para o como, a gente precisa se lembrar de que a mente é traiçoeira, ela é danadinha, ela vai a todo custo, a todo momento que ela puder, ela vai nos puxar de volta para o turbilhão dos pensamentos que ficam na nossa mente. A dor do passado e a ansiedade do futuro estarão sempre à espreita esperando uma oportunidade para se fazer presente nas nossas vidas, na nossa mente, provocando todo esse turbilhão de sensações e de emoções nas nossas vidas. E o que me proponho a fazer no nosso episódio de hoje é entregar para vocês uma ferramenta profunda, física e poderosa, para ancorar nossa consciência no aqui e no agora. E para já ir construindo essa imagem, dessa ferramenta nas nossas cabeças aí, eu queria fazer uma pergunta para todos vocês. E se o seu próprio corpo fosse esse portal para a presença? Nós vamos aprender a usar o corpo não apenas como um veículo, mas como um campo de energia vibrante que nos conecta diretamente ao momento presente, nos ensinando a viver sem resistência e provando, mais uma vez, que a consciência é a chave para a nossa liberdade. Vamos ao nosso episódio. Vamos lá. Bom, pessoal, ao longo dos nossos últimos episódios, nós estamos estabelecendo a importância de nos tornarmos o observador da nossa própria mente. mas muitos de vocês devem ter notado que, de alguma forma, principalmente no início, é difícil conseguir fazer isso. Sempre que buscamos nos tornar esse observador da nossa mente, dos nossos pensamentos, a mente começa a criar narrativas, ela julga situações, ela analisa em excesso e em poucos segundos ali nós somos arrastados de volta para esse fluxo do pensamento, saindo do estado de presença, saindo do momento presente. E é dessa forma que a prática da presença nos oferece uma âncora, um portal direto que está sempre disponível, que é o nosso próprio corpo. E para que isso se torne uma verdade, para que o nosso corpo possa ser essa ferramenta, essa âncora, a sugestão é que durante o processo de meditação, para que a gente possa manter a presença, o nosso próprio corpo possa participar desse processo, ou seja, do processo de meditação, da nossa prática de estar presente. Mesmo antes de avançarmos, eu queria deixar claro para vocês uma coisa. Essa não é a única técnica, mas é uma das técnicas. E ela é muito fácil, ela é muito prática, porque ela está sempre disponível. Nosso corpo sempre está disponível, não é verdade? Então, o que significa deixar que o nosso corpo participe da nossa meditação. Significa tirar toda a atenção da nossa cabeça e direcionar esta atenção para as sensações internas que nós temos do nosso corpo. Não o corpo como uma imagem externa, não o corpo físico como a gente vê, mas o corpo como um campo de energia vivo. Então eu peço para você que comece a visualizar o seu corpo. não mais como uma massa física, mas como um campo de energia vivo. Nós temos e devemos aprender a expandir o conceito do nosso corpo para além da massa física, indo para essa parte energética viva que é também o nosso corpo. E a ferramenta para isso, o nome que eu dou para essa ferramenta é de sentir o seu corpo energético. E para fazer isso a gente pode começar de uma forma bem simples. O que a gente pode fazer? A gente pode começar a sentir a vivacidade que está nas nossas mãos. Muitas vezes nós paramos e prestamos atenção nas nossas mãos e sentimos que algo parece pulsar delas. Não é verdade? Então a gente pode prestar atenção nas nossas mãos e perceber essa vivacidade, sem pensar nas nossas mãos, sem tentar imaginar o que é que sai delas ou o que está acontecendo, mas apenas sentindo a energia que pulsa através delas. E essa energia muitas vezes se transfigura na forma de um formigamento, na forma de um calor, algumas pessoas têm suor. nas mãos, quando essa energia está ali presente e perpassando pelas nossas mãos, então é preciso que nós sintamos essa energia que está presente em nós e que está presente nas nossas mãos nesse momento, sem julgar, sem analisar, simplesmente sentindo e nada mais. Depois disso, a gente pode começar a expandir essa sensação, essa percepção para outras partes do nosso corpo. A gente pode começar pelos pés, talvez subindo para as pernas depois, indo até os braços, até que você, de alguma forma, sinta todo o seu corpo como um único campo de energia vibrante, expandindo de tal forma que nós consigamos perceber cada célula viva do nosso corpo presente nesse momento. Nós não estamos mais limitados a uma parte do corpo, mas nós estamos buscando agora sentir a totalidade desse nosso corpo energético, incluindo também o nosso corpo físico. E ao buscarmos fazer isso, ao tentarmos conseguir ter essa percepção do nosso corpo, uma coisa muito notável, incrível acontece. Aquela atenção que antes estava presente e direcionada para os pensamentos compulsivos, agora está direcionada para o nosso corpo. Ela não está mais fixada nos pensamentos compulsivos. Com isso, nós conseguimos tirar uma quantidade de energia muito grande da mente. E privada dessa energia, a mente começa a se acalmar, ela começa, entre aspas, a falar menos, a julgar menos, a analisar menos. E é dessa forma que o nosso corpo se torna essa âncora no agora, essa âncora para o momento presente. E eu digo uma coisa para vocês, é impossível estar totalmente focado na sensação dos seus pés, por exemplo, das suas mãos, enfim. perdida em preocupações sobre o seu futuro ou análise sobre o seu passado. Quando nós damos essa atenção para o nosso corpo, nós nos ancoramos no momento presente, enfraquecemos o poder da mente, a energia destinada a ela para devagar, para falar, e nós nos conseguimos ancorar com mais força no momento presente e no agora. E nesse momento é preciso que eu chame a atenção de vocês para uma coisa, que no início dessa prática pode parecer que você ou a sua consciência está observando a sensação no seu corpo, como se você estivesse de fora observando essa sensação, como se existisse um sujeito e um objeto que está sendo observado. Mas o convite que eu faço para vocês é para irmos mais fundo. Conforme você aprofunda essa prática, conforme você pratica mais e ganha mais destreza com essa prática, a distinção entre o observador e o que é observado começa a se dissolver. Ela começa a não existir mais. A sua consciência e a sensação do corpo interior, elas se fundem, elas passam a ser uma coisa só e não duas coisas à parte, separadas. E dessa forma, em algum momento você vai perceber que não existe mais um eu sentindo o corpo. O que vai existir é apenas a sensação, a presença, a vivacidade. Você vai se tornar esta própria presença. E quando isso acontece, quando esse estado de consciência unificada aparece para você, é aí que ocorre o milagre. E que milagre seria esse? Existe uma ideia poderosa que diz que um problema não pode ser resolvido no mesmo nível de consciência que o criou. Então, os nossos problemas pessoais, as nossas dores, as nossas neuroses, todas elas ou todos eles foram criados pela mente identificada com o ego. Tentar resolver esses problemas com mais pensamentos, com mais presença do ego, é como tentar apagar o fogo com gasolina. Então a solução para todos esses nossos problemas, para essas nossas neuroses, não é pensar mais sobre eles, mas sim elevar-se a um estado de consciência mais alto, além da mente, além do pensamento. Quando nós nos ancoramos no corpo interior, nesse corpo energético, nós elevamos o nosso padrão vibracional para esse novo nível mais alto. A mudança não é algo que você faz, mas é algo que acontece através de você, a partir desse espaço de presença, a partir deste momento presente e da presença e da consciência de estar no agora. E dessa forma, a gente acaba por descobrir que uma das âncoras mais confiáveis que nós temos para nos mantermos no momento presente é o nosso corpo. Como eu disse lá atrás, ela não é a única âncora, ela não é a única ferramenta existente, mas é uma ferramenta que está sempre disponível. O nosso corpo está sempre disponível. E ao invés de lutar contra a nossa mente, o que nós podemos fazer é simplesmente redirecionar nossa atenção para a vivacidade desse nosso corpo energético. Essa prática nos tira da cabeça e nos planta firmemente no momento presente e no agora. E esse é o nosso fio de ouro do episódio de hoje. A consciência aplicada ao corpo se torna a cura para a agitação mental. Ao fundir nossa consciência, com a sensação do corpo, nós dissolvemos a resistência e passamos a perceber que a solução para os nossos problemas não está em mais pensamentos, mas sim em um nível mais profundo de ser. E para que a gente possa colocar em prática tudo isso que a gente aprendeu até aqui no episódio de hoje, eu queria propor para vocês uma meditação guiada, uma ferramenta prática, que eu dei o nome de Ancorando a Presença no Corpo Energético. Vamos lá. Se você puder me acompanhar, vai ser maravilhoso. Eu vou pedir para que você encontre um lugar tranquilo onde você possa sentar-se confortavelmente por alguns minutos. E eu vou pedir para que... Caso você esteja em movimento ou fazendo alguma atividade que requer a sua atenção, que você escute a prática, mas que você realmente a pratique mais tarde, quando você estiver em um local seguro e com calma, tá bom? Vou pedir para você se sentar nesse momento com a sua coluna ereta, mas de uma forma relaxada, para que você solte o peso. de todo o seu corpo na cadeira ou no chão e que você sinta esse peso tanto na cadeira quanto no chão. Permita que as suas mãos descansem sobre as suas pernas e quando se sentir pronto, você pode fechar os seus olhos. Encontre uma posição confortável para você. Vou pedir para que você respire fundo uma vez, apenas para você marcar essa transição do mundo exterior. para o seu mundo interior e nós vamos repetir essa respiração por alguns segundos a mais. Eu vou deixar vocês com as músicas. Continuem respirando, fazendo essa transição entre os dois mundos. Muito bem, agora eu convido você a levar toda a sua atenção para a palma das suas mãos. Peço que você apenas sinta as suas mãos. Não pense sobre elas. Apenas sinta. O que você percebe? Talvez um leve calor, um formigamento suave, a sensação de ar na sua pele. Apenas perceba. Se você não sentir nada em particular, tudo bem também o importante é manter a sua atenção ali curiosa e sem julgamento agora nós vamos expandir essa nossa consciência. Deixe essa sensação de vivacidade que você encontrou nas suas mãos começar a se espalhar, subindo pelos seus braços, preenchendo seus ombros. E eu vou pedir mais uma vez que você apenas sinta a energia viva em seus braços. Sinta essa energia viva que existe em você. Muito bem, mantendo essa nossa conexão, essa nossa vibração, nós vamos fazer o mesmo, só que agora com os nossos pés. Vou pedir para que você leve a atenção para a sola dos seus pés e que sinta o contato com o chão ou com seus sapatos. Sinta a vida pulsando através dos seus pés e deixe essa sensação subir lentamente pelas suas pernas, passando pelos seus joelhos. pelas suas coxas, preenchendo suas pernas inteiras com essa sua presença, com essa energia. Muito bem, muito bem. Vamos continuar ainda com essa energia. E agora a gente vai... Além, nós vamos unir tudo o que nós fizemos e tudo o que nós percebemos até aqui. Vou pedir que você, simultaneamente, use os seus braços e os seus pés, as suas pernas. Sinta o campo de energia do seu abdômen. E agora sinta a energia no seu peito, subindo e descendo com a sua respiração, das suas costas, do seu pescoço. da sua cabeça, sinta-se o corpo inteiro, de dentro para fora, como um único campo de energia vibrante, cada célula viva e desperta. Descanse aqui por um momento, apenas sendo e sentindo. Perceba como sua mente se acalma quando sua atenção está firmemente ancorada no seu corpo. Se um pensamento te puxar para longe, não tem problema. Com infinita gentileza, como se estivesse guiando uma criança de volta para casa, traga sua atenção de volta para a sensação do seu corpo interior. Esta é a sua âncora. Ela está aí sempre que você precisar. Mais uma vez, respire fundo, sinta todo o seu corpo. E agora, quando estiver pronto, eu vou pedir para que você mova suavemente os dedos das suas mãos e dos seus pés, e que vá lentamente abrindo seus olhos, trazendo essa consciência encorada em você, trazendo a consciência desse momento presente, sem julgar, sem analisar. Essa sensação de estar em seu corpo é a sua casa. Sempre que a mente estiver agitada, ou que o mundo parecer caótico, volte para casa, volte para cá, volte para o seu corpo, volte para a sua âncora. Essa é a prática de viver sem resistência, momento a momento, aproveitando e gostando de estar no momento presente, de estar agora. Vou deixando vocês por aqui. Para aqueles que estão até agora comigo, eu queria agradecê-los muitíssimo. Uma ótima semana a todos nós. Paz e bem.