Olá, sejam todos muito bem-vindos a mais um episódio do FluirmenteCast. Olá pessoal, eu sou o Gerson Florisse, o apresentador aqui do FluirMenteCast. E antes da gente começar esse nosso episódio, eu queria dar uma explicação para vocês que na semana passada a gente não conseguiu colocar o nosso episódio do ar. Sim, eu estou falando no plural, nós não conseguimos, porque eu tenho uma ajuda de uma amiga que também faz parte da... dessa equipe do FluiMentCast e a gente não conseguiu, por alguns problemas nossos, a gente não conseguiu colocar o nosso último episódio da série Sob o Poder do Agora no ar. Mas hoje nós estamos aqui e vamos para esse nosso nono episódio. e o último da série do livro O Poder do Agora. E nessa jornada toda que nós fizemos até aqui, nós empreendemos uma jornada profunda ao coração do poder do agora. Nós começamos por desmascarar a tirania da mente, depois a gente passou a descobrir a magia do momento presente, aprendemos a cultivar a presença, a nos conectar com o ser, a dissolver o corpo de dor. a transformar nossos relacionamentos e a encontrar o poder da entrega. E é incrível como a gente já passou por isso tudo, mesmo em tão pouco tempo. E hoje, nesse nosso episódio final, surge uma questão fundamental que a gente precisa lidar e precisa aprender, que é como integrarmos tudo isso. Como que a gente pode transformar tudo isso que a gente aprendeu até aqui em um modo contínuo de vida? Que isso passe de ser algo a ser tentado para ser realmente aquilo que a gente vai praticar na nossa vida. Qual é, afinal, o verdadeiro sentido que emerge de todo esse trabalho interior que a gente fez até aqui? Então hoje a gente vai amarrar todas as pontas e descobrir... Como fazer da presença não algo que a gente pratique, mas algo que nós realmente sejamos. E como sempre, eu vou ler uma frase aqui dos ensinamentos, ou baseado nos ensinamentos de Eckhart Tolle, porque é assim que eu gosto de começar os nossos episódios. Vamos lá. O seu propósito principal na vida é evoluir em termos de consciência. O propósito secundário é aquilo que você faz no mundo. E dessa forma vamos descobrir um sentido para nossas vidas que não dependa de nada externo, apenas da qualidade da nossa consciência. Vamos lá. Muitos de nós passamos a vida em busca de um propósito, um grande objetivo que dê sentido à nossa existência. O Eckhart Tolle nos oferece uma perspectiva revolucionária muito diferente sobre isso, dividindo o nosso propósito em duas dimensões, uma dimensão exterior e uma dimensão interior. O propósito exterior é tudo aquilo que a gente faz no mundo, é tudo aquilo, é a nossa parte prática da vida. Por exemplo, é a nossa profissão. são os nossos projetos que tenhamos tanto no trabalho quanto na nossa vida pessoal, são os nossos objetivos, é o cuidado com a nossa família, por exemplo. Ele pertence a essa dimensão exterior, a dimensão do tempo e da forma. Ela muda ao longo da nossa vida e por mais que ela seja nobre, importante, a gente tem que entender, e a gente sabe disso, que ela está sempre sujeita a um ciclo de sucesso e de fracasso. E ainda que sucesso e fracasso sejam conceitos subjetivos, e nós vamos falar sobre isso mais em outros episódios, a gente precisa entender que a nossa vida tem altos e baixos. Acho que essa é uma maneira melhor de a gente colocar em vez de sucesso e fracasso. Então, tudo isso que a gente falou até aqui diz respeito ao propósito exterior da nossa vida. Já o propósito interior é o nosso propósito primário e imutável. Ele não é sobre fazer, mas sim sobre ser. Esse nosso propósito interior é o despertar, é alinhar-se com o impulso evolucionário do próprio universo, que é o desabrochar da consciência através da forma. Nosso propósito interior é estar consciente, é estar presente, é estar aqui e agora. Por isso a gente precisa entender que o grande erro que cometemos é sacrificar o propósito interior em nome do exterior. Nós vivemos em um estado de estresse e ansiedade para alcançar essas nossas metas futuras, para conseguir o que nós desejamos. E a gente se esquece que a qualidade da nossa consciência, neste momento, é muito mais importante do que qualquer coisa que a gente esteja buscando no exterior. E a verdadeira transformação na nossa vida acontece quando a gente inverte essa hierarquia. A gente passa a ver que o nosso propósito exterior... o nosso trabalho, a nossa família, a nossa arte, seja lá o que for, ele se torna o veículo para a realização do nosso propósito interior. E que a gente não precisa se retirar para um monastério, para um retiro, para a gente espiritualizar a nossa vida. A gente espiritualiza a nossa vida exatamente onde a gente está, transformando. cada ação em uma prática de presença, transformando cada ação da nossa vida em espiritualidade o nosso trabalho não é mais apenas sobre o resultado que a gente quer conseguir com o nosso propósito exterior, mas sobre a consciência que a gente traz para o ato de trabalhar para cada coisa que a gente faz na nossa vida Percebam como isso é importante, pessoal, porque o que a gente faz normalmente? A gente compartimenta a nossa vida. A gente tem um lado que é o lado material e a gente tem um lado que é o lado espiritual. E a proposta que nós temos aqui é de unir esses dois lados. de tudo aquilo que a gente faz na nossa parte, entre aspas, material da nossa vida, na verdade, uma prática espiritual. Eu acho até que a gente pode falar assim, que a gente sai desse modo meditação, se fosse só a parte espiritual, e a gente vai para o modo... de vida consciente, ou seja, a gente tem tudo junto, a nossa parte material e a nossa parte espiritual, ao mesmo tempo na nossa vida. E essa é a chave para a gente parar de segregar a nossa prática espiritual e a gente começar a tê-la nos momentos mais mundanos da nossa vida, no nosso dia a dia, ou seja, em tudo aquilo que a gente faz. E para que isso aconteça, eu já vou dizer para vocês, a gente precisa ser corajoso, a gente precisa ser esperto, a gente precisa aprender a usar algumas oportunidades, algumas brechas que nós temos na nossa vida. A nossa vida é cheia de pequenos momentos de espera, são todos eles. Pequenas oportunidades, por exemplo, quando a gente está em uma fila do supermercado, quando o semáforo está fechado, a gente está esperando ele abrir, quando o computador está se reiniciando, quando a gente está passando um café. Todos esses pequenos momentos de espera são grandes oportunidades, mas a mente vê cada um desses momentos como, entre aspas, tempo perdido, como um aborrecimento. Agora com a nossa coragem, com a nossa esperteza, com a nossa sagacidade, a gente vai começar a perceber que cada um desses momentos, na verdade, é um presente. Cada um desses momentos é um convite para a presença. E é nesse momento, em cada um desses momentos, que ao invés de pegar o celular, simplesmente respire, sinta energia no seu corpo interior. por 10 segundos que seja observe o ambiente sem julgá-lo, sem nenhum julgamento cada uma dessas brechas cada uma dessas oportunidades é como se fosse uma mini meditação que vai fortalecer o seu músculo da presença eu sei que é difícil nos dias atuais a gente largar o nosso celular. Mas quando você começar a praticar, quando você tiver a sua coragem, quando você tiver a sua sagacidade, quando você estiver presente, deixar o celular por 10 segundos e fazer uma simples prática de presença vai ser algo recompensador. Depois a gente precisa abraçar todos os pequenos nãos que nós temos no nosso dia a dia, na nossa vida. O nosso dia, a nossa vida, ela é repleta de pequenas coisas que não saem como a gente planeja e como a gente tem isso nas nossas vidas, não é mesmo? Por exemplo, quando a gente derrama um café, quando a gente perde uma chave, por exemplo, ou alguém te corta no trânsito. A reação do ego imediata é um não, um não interior, uma contração de resistência. A prática integrada é usar cada um desses momentos de novo. com coragem, com sagacidade, esperteza, usar cada um desses momentos como um treino de entrega instantânea. Em vez de reclamar, a gente pode respirar e dizer um sim interior à realidade, um sim ao que é. Ok, o café derramou. E aí? É só isso. Fim de história. Ponto final. O café derramou. A gente não precisa transformar o café derramado ou chorar sobre o café derramado em uma batalha mental entre nós e o ego. Fazendo essa prática, a gente impede que essas pequenas contrariedades do nosso dia se transformem em grandes estados de negatividade e que vá fortalecendo a nossa paz interior. E aqui vai uma dica de quem já pratica isso há muitos anos na vida. Muitas vezes não vai dar certo. Você vai passar por tudo isso e só vai se lembrar de parar e respirar quando tudo já passou. Minha dica para você é, pare e respire ainda assim. Algumas vezes você vai parar para lembrar ou perceber o que está acontecendo quando você já está no meio desse pensamento. Pare. E algumas vezes, entre aspas, vai dar certo. Você vai conseguir lembrar-se ou tornar-se presente antes mesmo que isso aconteça. E a gente só chega nesses estágios, a gente só vai passando por isso tudo com a prática. Então, pratique, seja corajoso, seja corajosa. Pratique não entrar nesse estado mental de conflito consigo mesmo. E por fim... A gente precisa praticar a ação consciente. Antes de iniciar qualquer tarefa rotineira da nossa vida, seja lavar a louça, seja escrever um e-mail, seja fazer uma ligação, não interessa. Faça uma única respiração consciente. Torne-se presente antes de iniciar essa tarefa. Enquanto você estiver realizando essa tarefa, tente dar a ela a sua atenção plena, foco total, sem pressa, sem pensar na próxima coisa que você tem para fazer na sua lista. A qualidade que você vai conseguir levar para essa ação se torna muito mais importante do que a ação propriamente dita. Dessa forma, lavar a louça, por exemplo, pode se tornar tão sagrado quanto meditar formalmente. De novo, voltando lá, é trazer o espiritual. para o nosso dia a dia, para nossas atividades cotidianas. É isso que a gente está buscando aqui, é juntar tudo que a gente aprendeu até aqui na nossa vida normal, na nossa vida cotidiana. E quando a gente começa a viver a partir desse estado de presença integrada, o que acontece com a busca pelo sentido da nossa vida? Ele simplesmente se dissolve, ele desaparece. Porque o sentido não é algo que você encontra ou você alcança, ele é algo que emerge dentro de você. E se assim posso dizer, dois frutos principais florescem a partir de uma vida consciente, que são a alegria do ser e a paz interior que nós temos na nossa vida. A alegria do ser não tem nada a ver com a felicidade que depende de eventos externos. Não é uma euforia, é uma alegria sutil. mais profunda, que surge simplesmente de sentir a sua própria vitalidade, a sua própria presença. É a alegria de sentir o seu corpo interior, de olhar, por exemplo, para uma árvore com atenção total, de ouvir o som da chuva. Ele é o contentamento que nasce de estar em paz com o momento presente. E a paz interior, ela não apenas significa a ausência de barulho ou de conflito, Ela é a paz de Deus, se assim posso colocar para vocês, que transcende todo entendimento. Ela é algo maravilhoso de se perceber e de sentir. Ela é o fim da guerra interna, a quietude profunda que vem de se render ao fluxo da vida. É um estado de serenidade que permanece como pano de fundo, mesmo em meio a desafios externos. a um espaço de paz intocável, algo que nada nem ninguém vai ser capaz de tirar de você. E este é o verdadeiro sentido da vida, despertar para a dimensão de consciência que você já é e permitir que as qualidades dessa dimensão, paz, alegria, amor e criatividade fluam para este mundo através de você. E não se trata de ter uma vida sem desafios. Trata-se de ter uma vida com os desafios que todos nós temos, mas ao mesmo tempo de ter paz, ter alegria, ter amor e ter criatividade para poder passar por esses momentos. E também de saber aproveitar os momentos de felicidade em nossas vidas, porque nós estamos tão ligados aos desafios que a gente se esquece da felicidade. Então, isso também vai proporcionar que você tenha consciência, que você saiba quando é um momento de felicidade e você possa retirar o máximo desse momento de felicidade para a sua vida também. Ou seja, não importa se é um momento de felicidade ou se é um momento de tristeza, de desafio. O que importa é que a gente vai ter paz para passar e reconhecer cada um desses momentos e saber como lidar com eles. E dessa forma eu queria convidar a você para aproveitar cada uma dessas brechas, cada um desses nãos, cada uma das oportunidades de a gente praticar uma ação consciente nas nossas vidas, para a gente ir em busca dessa paz, dessa paz interior que muitos de nós... ansiamos todos os dias e a gente não sabia, não sabia como conseguir. Então cada brecha vai servir como oportunidade, cada não vai ser um presente para que a gente consiga chegar até essa paz interior que a gente tanto quer e que o nosso propósito maior é o despertar da consciência e que o verdadeiro sentido da nossa vida ele emerge da alegria e da paz de simplesmente ser. E nada mais. E antes da gente encerrar nosso episódio propriamente dito, eu queria fazer um convite para vocês. Aliás, antes do convite, eu queria falar para vocês que a gente tem muita coisa vindo ainda aí no Fluir Mente, não só aqui. no podcast, mas também lá no Instagram. A gente está se concentrando no Instagram nesse momento, porque nem eu, nem a minha amiga, a gente tem essa experiência de lidar com mídias digitais, etc. E por isso que nesse momento a gente está se concentrando lá no Instagram. O nosso endereço lá no Instagram é o arrobafluirmente.br. Eu vou deixar aqui também na descrição desse episódio para vocês também. Porque fazendo isso... Vocês vão poder saber quais são os nossos próximos assuntos, o que a gente vai abordar aqui no podcast, mas lá também a gente vai ter muita coisa que vai sair só lá no Instagram, porque também não dá para fazer tudo falado. A gente tem algumas surpresas aí para vocês que vão estar chegando aí nas próximas duas semanas lá no Instagram também. Então siga a gente lá, continue nos ouvindo por aqui e sigamos juntos. nessa jornada, né? Como eu sempre gosto de fazer, eu vou encerrar esse episódio e essa série aqui sobre o livro O Poder do Agora com mais uma frase inspirada lá nos ensinamentos do Eckhart Tolle. Ela diz assim, No momento em que você percebe que não está presente, você está presente. Sempre que for capaz de observar a sua mente, você já não está mais preso a ela. Um fator que transcende a mente acabou de entrar em cena. a testemunha lembre-se sempre disso a simplicidade é a chave e assim eu agradeço profundamente por sua companhia comigo até aqui sua confiança a sua coragem ao longo desses nossos oito episódios sobre a série do livro o poder do agora foi uma honra imensa estar com vocês e não se esqueçam de uma coisa a jornada para dentro É a mais importante que nós podemos empreender. Que a paz e a clareza do agora estejam sempre com vocês. Um abraço fraterno. Até a semana que vem.