.png)
Fluirmente Cast
O podcast Fluirmente é um espaço dedicado à Terapias Holísticas para Autocura e Bem-Estar. Mergulhamos em temas como Autoconhecimento e Autorresponsabilização, buscando inspirar você a conectar-se com sua essência e encontrar o seu equilíbrio. Com entrevistas, meditações guiadas e dicas práticas, o Fluirmente é seu guia para uma jornada de transformação interior.
Fluirmente Cast
Fluirmente Cast - Ep. 03 - A Chave para a Liberdade
🗝️ Fluirmente Cast Ep. 03: A Chave para a Liberdade – Desvende o Poder do Agora (Série O Poder do Agora) 🗝️
Você sente que o peso do passado ou a ansiedade pelo futuro te impedem de viver plenamente o presente? E se a chave para a verdadeira liberdade já estivesse ao seu alcance, neste exato instante?
Neste terceiro episódio da nossa jornada inspirada em "O Poder do Agora" de Eckhart Tolle, mergulhamos ainda mais fundo no conceito transformador de viver no Agora. Descubra como soltar as amarras do tempo psicológico e encontrar a paz que reside unicamente no momento presente.
Liberte-se do ciclo de sofrimento e reconecte-se com a sua verdadeira natureza!
🎯 Neste episódio, você vai desvendar:
- A ilusão do tempo: Por que o foco no passado e futuro é a raiz de grande parte do nosso sofrimento.
- Dor vs. Sofrimento: A distinção crucial que te permite lidar com os desafios da vida sem criar resistência desnecessária.
- O Agora como seu maior aliado: Como o momento presente é o único portal para a paz e a verdadeira liberdade interior.
- A arte da Aceitação: Por que dizer "sim" ao "o que é" pode dissolver a negatividade e transformar sua realidade.
- Ancorando no Presente: Descubra práticas simples para retornar ao Agora e cultivar a presença em seu dia a dia.
🌟 Destaques que vão iluminar seu caminho:
- Entenda como a mente se apega a uma falsa identidade através de histórias passadas e como se libertar disso.
- Descubra o perigo de transformar o momento presente em um inimigo e como reverter essa tendência.
- Aprenda a não criar mais "tempo" (e, consequentemente, mais sofrimento) na sua mente.
- Inspire-se com a analogia da "água fria da piscina" para abraçar o Agora sem hesitação.
- Transforme tarefas cotidianas em oportunidades de praticar a presença e a aceitação.
⏰ Minutagem Inspiradora (Duração total: Aprox. 21min e 30seg):
- 00:00:21 - Boas-vindas e introdução ao episódio
- 02:05 - Recapitulação do episódio anterior
- 02:45 - O coração dos ensinamentos: O que é o Agora
- 04:45 - A radicalidade do presente: só o agora existe
- 06:20 - Como o ego resiste ao presente
- 08:50 - Práticas para acessar o poder do agora
- 11:20 - Exemplos práticos de presença no cotidiano
- 14:15 - A atitude interior fundamental: dizer "sim" ao agora
- 16:25 - A insensatez da resistência ao que é
- 19:00 - Calibrando expectativas e desenvolvendo a prática
- 19:45 - Conclusão e síntese dos ensinamentos
- 21:00 - Reflexão final e despedida
🎧 PRESENTE ESPECIAL: Aprofunde sua experiência! Não deixe de conferir nosso episódio complementar com uma Prática Guiada focada nos ensinamentos deste episódio. Busque em nosso feed!
⚠️ Dica Fluirmente: Se você ainda não ouviu o Episódio 02 desta série ("Você Não é Sua Mente"), recomendamos fortemente que o faça antes de mergulhar neste!
📚 Quer se aprofundar ainda mais? Adquira o livro "O Poder do Agora" de Eckhart Tolle:
🔗 https://amzn.to/3Z7NRO4 (Link afiliado)
💬 Sua jornada é nossa inspiração!
- Qual "chave" deste episódio abriu uma nova perspectiva para você? Compartilhe sua reflexão nos comentários! 👇
- Marque alguém que está buscando mais liberdade e paz interior. 🕊️✨
- Salve este post para se lembrar do poder que reside no Agora!
#OPoderDoAgora #EckhartTolle #FluirmenteCast #AChaveParaALiberdade #ViverOAgora #MomentoPresente #Aceitação #Autoconhecimento #PazInterior #BemEstar #Autocura #Consciencia #Presença #Libertação #DesenvolvimentoPessoal
📅 Lembre-se: Novos episódios do Fluirmente Cast toda Terça-feira!
🎧 Duração: Aproximadamente 20 minutos (conforme transcrição).
# Fluirmente Cast - Ep. 02 - Você não é a sua mente: o obstáculo principal
## Transcript
00:00 Gérson Floriz: Olá, tudo bem? Seja muito bem-vindo ao segundo episódio do FluirmenteCast. Olá pessoal, tudo bem?
00:30 Gérson Floriz: Mais uma vez, seja muito bem-vindo ao Fluir Mente Cash. Esse é o nosso segundo episódio. Esse segundo episódio vai ser o primeiro de uma série em que nós vamos conversar sobre os ensinamentos que estão no livro O Poder do Agora, de Eckhart Tolle. Esse livro é um livro muito importante na minha vida e eu recomendo esse livro para quase todas as pessoas, se não todas, que me perguntam sobre...
00:56 Gérson Floriz: autoconhecimento, como elas podem entender sobre o que acontece na vida delas, o que está acontecendo com elas. E esse livro foi muito importante para mim, porque em determinado momento da minha vida, quando eu estava num certo conflito, uma amiga de trabalho me falou sobre esse livro. E eu tive um estalo na hora de ler esse livro. Ela me contou um pouquinho sobre o que o livro tratava e assim por diante. E eu tive essa ânsia de querer ler esse livro.
01:24 Gérson Floriz: Fui lá, comprei o livro, li esse livro e simplesmente eu me apaixonei. Eu já li esse livro um cem número de vezes, eu já escutei esse livro também um monte de vezes. Ele é um livro que é base para mim e eu acredito que ele também seja base para o nosso podcast, para os assuntos que nós vamos tratar aqui no Fluirmente Cast.
01:50 Gérson Floriz: Bem, essa série está dividida em vários episódios. Elas não vão seguir necessariamente a ordem cronológica dos capítulos do livro, mas...
02:00 Gérson Floriz: vão de alguma forma, mas elas vão se juntar. Às vezes a gente vai estar falando sobre o capítulo 1 e o capítulo 3 ao mesmo tempo. Às vezes a gente vai estar falando sobre o capítulo 5, o 3 e o 1 ao mesmo tempo e assim por diante. Nesse sentido que eu estou dizendo para vocês que ele não vai seguir a ordem cronológica. Ou seja, hoje a gente vai ver o capítulo 1, amanhã a gente vai ver o capítulo 2 e assim por diante. Não é. Até porque os assuntos do livro são muito interligados uns com os outros. Então como é que vai ser essa dinâmica que a gente vai fazer nesse estudo e nessa...
02:30 Gérson Floriz: série, a ideia é que eu vá trazendo alguns assuntos para serem tratados, assuntos que estão no livro, que nós vamos estudar, conversar vou tentar destrinchar o máximo que eu puder sobre esses assuntos, eu já deixo De agora em diante, aberto à possibilidade, se vocês quiserem enviar perguntas, dúvidas, comentários, fique à vontade para fazer. Se for o caso, depois eu faço um episódio especial falando sobre essas dúvidas, essas perguntas, tentando respondê-las todas.
03:03 Gérson Floriz: E sempre junto com o episódio, eu vou lançar a parte, um episódio extra, que vai ser uma prática guiada sobre todos os assuntos, ou que pelo menos vai tentar abordar todos os assuntos que a gente tratou naquele episódio específico. Então primeiro você vai escutar o que a gente vai conversar, debater, etc. aqui nesse episódio. Depois a parte vai ter uma prática guiada, que você pode...
03:28 Gérson Floriz: ou não fazer. Eu recomendo que faça, mas você pode ou não fazer. Não tem prejuízo nenhum se você, para o seu conhecimento, estou querendo dizer, não tem prejuízo nenhum se você não fizer a prática guiada. Vamos lá, depois de mais de três minutos de introdução e explicações prévias aí, vamos partir para o que interessa. Vamos começar a tratar do assunto principal desse nosso segundo episódio. O título do episódio é
03:55 Gérson Floriz: Você não é a sua mente, o obstáculo principal para a busca da paz interior. Nesse nosso segundo episódio, a gente vai explorar o maior obstáculo à paz interior e aos relacionamentos verdadeiros, que é a nossa própria mente. O ego e a sua incessante necessidade de viajar no tempo, de ir até o passado, se ligar.
04:18 Gérson Floriz: a esse passado, de ir para o futuro e não retornar desse futuro. E a gente vai entender porque que o Eckhart Tolle afirmou e afirma categoricamente que nós, ou você, ou eu, nós não somos a nossa mente. E tendo isso em mente, eu queria fazer uma pergunta para todos vocês.
04:42 Gérson Floriz: Quem aí já parou para prestar atenção nessa voz que incessantemente conversa conosco dentro das nossas cabeças? Quantos de nós já parou para prestar atenção que nós damos atenção demais para essa voz que conversa, tagarela o tempo todo dentro das nossas cabeças? É bom que a gente se acostume e comece a fazer e a prestar atenção a essa voz
05:11 Gérson Floriz: conversa conosco dentro das nossas cabeças. A nossa mente, no seu estado dito natural, hoje em dia, não se trata apenas de meros pensamentos ocasionais. O que nós temos hoje é um fluxo incessante de pensamentos involuntários e compulsivos que nos atormenta inconstantemente. Então imaginem só, aquela voz, ou às vezes até um coro de vozes, que raramente se cala. E o que essa voz faz?
05:40 Gérson Floriz: Ela comenta, ela especula, ela julga, ela compara, ela reclama, ela gosta, ela desgosta. É um monólogo, um diálogo constante que preenche esse nosso espaço interior. E muitas vezes essa voz está revivendo o passado, remoendo uma conversa, um erro que a gente tenha cometido, uma mágoa, ou ensaiando cenários futuros, quase sempre imaginando o pior.
06:10 Gérson Floriz: Quase sempre isso, no que nós chamamos de, entre aspas, preocupações. Se você reparar bem, a sua mente faz isso constantemente. Aproveite aí e pare para pensar um pouquinho e relembrar a última vez que você mentalmente ficou repassando uma discussão que você teve com alguém. Ou ainda quando você estava ansioso por algo que poderia acontecer. Pois bem, essa é a voz.
06:39 Gérson Floriz: que nos atormenta constantemente. Essa é a voz que suga a nossa paz interior, que não deixa com que nós possamos ter a verdadeira paz interior. E precisamos deixar claro aqui que o problema fundamental não é termos pensamentos. Afinal de contas, a mente é uma ferramenta muito poderosa que foi criada e está ou deveria estar ao nosso serviço. O problema hoje é que nós nos identificamos
07:08 Gérson Floriz: excessivamente com os nossos pensamentos. Quase todos nós pensamos da seguinte forma. Eu estou pensando. Logo, eu sou esse pensamento. Eu me identifico com esse pensamento. Eu me identifico de forma tão profunda que quando alguém discorda da nossa opinião, às vezes até nós mesmos, mas quando alguém discorda da nossa opinião, frequentemente a gente reage de uma forma que não é natural. É um ataque íntimo à nossa pessoa. E a nossa reação é qual? Nos defendermos desse ataque. Mas do que se trata essa voz? O que ela realmente é? Bem, essa é a nossa mente condicionada.
07:52 Gérson Floriz: que surge baseando-se na nossa história, na nossa criação, na nossa cultura, nas experiências pelas quais nós passamos. Ela aprendeu padrões específicos para rotular, para julgar, para reagir. E em vez de estar prestando atenção no presente, como as coisas realmente são, ela fica interpretando cada uma dessas situações através de umas lentes distorcidas do passado.
08:19 Gérson Floriz: Como se a gente estivesse usando uns óculos bem velhos e riscados, com as lentes riscadas assim, para enxergar o mundo como ele realmente é. E é exatamente da identificação com essa voz, com a nossa mente condicionada, que surge o ego. E ele, o ego, não é o nosso verdadeiro eu, mas sim um falso eu interior que a gente dá muita atenção. Uma construção mental que nós fazemos. Esse falso eu, ele é inerentemente inseguro, ele vive com medo.
08:48 Gérson Floriz: E é carente por natureza. Exatamente por se sentir incompleto, o ego acaba buscando constantemente se fortalecer através de coisas externas. Ele busca a sua definição através de coisas externas, como por exemplo, status social. Nós ficamos preocupados com o nosso status social, com as nossas posses, quanto que a gente tem, quanto que a gente já acumulou, sobre os nossos conhecimentos, se eu já fiz doutorado, mestrado, pós-doc e assim por diante, sobre a nossa aparência, a aparência física do nosso corpo, sobre as nossas crenças, religião, política, sobre os nossos relacionamentos e assim por diante. E ele precisa de tudo isso para entender que ele existe.
09:33 Gérson Floriz: que ele é necessário. Infelizmente, gente, o que acontece é que essa mesma voz, esse mesmo ego, muitas vezes se torna o nosso pior inimigo, um torturador dentro das nossas cabeças que nos ataca com autocrítica, com negatividade, que drena nossa energia vital e nos causa angústia. Esse ego, essa tela de pensamentos constante, nos separa da experiência direta da vida.
10:00 Gérson Floriz: de nós mesmos e também das outras pessoas. Então vamos agora complicar mais as coisas um pouquinho. Complicar entre aspas aí, né? Vamos adicionar uma outra camada muito importante a essa nossa compreensão, que é a relação intrínseca que existe entre a mente, o ego e o próprio tempo. O ego, ele raramente consegue existir ou se sentir confortável no momento presente, no agora.
10:30 Gérson Floriz: Ele vive quase que exclusivamente através das nossas memórias do passado e das antecipações que a gente fica fazendo em relação ao nosso futuro. E é exatamente por isso que é preciso que a gente aprenda a diferenciar essas duas camadas de tempo, ou duas camadas de tempo que existem, que é o tempo do relógio e o tempo psicológico.
10:54 Gérson Floriz: Muito bem, e o que são esses dois tempos? Vamos começar com o tempo do relógio. O tempo do relógio é o aspecto prático do tempo, aquilo que a gente usa no nosso dia a dia. É aquele tempo que a gente usa, é o tempo do relógio, vamos dizer assim, que a gente usa para agendar um compromisso, por exemplo, para amanhã às 15 horas eu tenho uma reunião. Então eu uso esse tempo.
11:16 Gérson Floriz: esse tempo para marcar essa reunião. Ou então para aprender com o erro que eu cometi no passado, na minha vida e tentar não repeti-lo mais. Ou ainda, se eu tenho uma meta para atingir um projeto que eu quero concluir, por exemplo, eu tenho uma meta estabelecida que eu tenho que fazer tal coisa para daqui a seis meses. Eu uso o tempo do relógio para entender...
11:39 Gérson Floriz: qual é esse período que eu vou ter para concluir essa minha meta. Ou ainda, por exemplo, bem prático mesmo, uma receita de bolo. Então lá está dizendo que o bolo vai ficar pronto depois de assado 40 minutos. Então esse é o tempo do relógio. A gente usa o tempo do relógio para a gente navegar no passado e no futuro, mas como ferramentas, ferramentas para a gente usar na nossa vida prática.
12:04 Gérson Floriz: E o danado do tempo psicológico, ele é uma doença da nossa mente sobre nós. Ele se manifesta quando nós nos identificamos profundamente com o nosso passado ou nos projetamos compulsivamente lá para o futuro. E quando o passado não é mais uma memória ou uma lição, mas ele se torna a nossa identidade. Por exemplo, quando a gente fica remoendo mágoas, ressentimentos, culpas que aconteceram lá no nosso passado. Por exemplo, a gente fica imaginando que eu sou uma vítima por causa do que me fizeram. Ou então, quando eu fico pensando, eu sou um fracassado por causa daquele erro que eu cometi. E já no futuro...
12:48 Gérson Floriz: ele se manifesta de uma maneira diferente. Ele não é mais usado para planejamento, mas sim numa busca incessante por salvação ou completude que nunca vai chegar. Por exemplo, quando eu fico pensando, quando eu me aposentar, eu serei feliz. Ou ainda, quando eu encontrar aquela pessoa, a pessoa certa da minha vida, a minha vida vai passar a ter sentido. Ou ainda, quando eu tiver dinheiro,
13:15 Gérson Floriz: Todos aqueles meus problemas que hoje existem, eles vão se acabar. A mente fica constantemente nos dizendo do que a gente precisa. A gente precisa de mais tempo para alcançar aquilo que a gente quer, a gente precisa de mais tempo para alcançar a paz, ou a gente precisa de mais tempo para alcançar a felicidade, por exemplo.
13:36 Gérson Floriz: E quais são os problemas que acabam por surgir dessa fixação excessiva no tempo psicológico? Eu posso dizer que um monte de problemas. O primeiro exemplo que a gente pode dar para vocês é que a gente perde o agora, o único momento real da nossa vida, o único momento que realmente existe na nossa vida. A gente vive como se o presente fosse apenas um obstáculo para a gente alcançar aquilo que a gente quer no futuro. Segundo,
14:05 Gérson Floriz: A gente cria sofrimento desnecessário. Então imagina aí, a gente cria medo, ansiedade, tensão, estresse, preocupação, tudo porque a gente fica excessivamente focado no futuro e a gente perde esse momento de presença, esse momento do agora.
14:25 Gérson Floriz: Vamos imaginar uma coisa. Pense que você tem uma apresentação para fazer na faculdade, no trabalho, não interessa. Então, imagina que você tem uma apresentação para você fazer. E você começa a criar uma ansiedade por conta dessa apresentação. Se a gente parar para pensar e raciocinar, a gente vai entender que essa ansiedade não vem da apresentação. A apresentação nem aconteceu. Então, essa ansiedade não vem.
14:54 Gérson Floriz: da apresentação em si, mas ela vem da projeção mental que a gente está fazendo do que pode dar errado nessa apresentação. E da mesma forma, vamos imaginar o passado agora. O que a gente, entre aspas, ganha... quando a gente se fixa excessivamente no passado. A gente vai ganhar culpa, a gente vai ganhar arrependimento, a gente vai ganhar ressentimento, tristeza, amargura. E percebam que todas essas são formas de não perdão, ou seja, de não nos perdoarmos pelo que aconteceu no passado.
15:31 Gérson Floriz: Tudo isso só vem quando a gente excessivamente se fixa no passado e, de novo, a gente perde o nosso momento presente, o agora. A gente tem pouca presença e a gente fica remoendo, por exemplo, uma ofensa que aconteceu conosco há anos atrás. E isso tudo fica nos envenenando agora, no presente, algo que já passou, que não faz mais sentido e que não existe mais. E como é que a mente se torna?
15:57 Gérson Floriz: essa fonte de problemas nossos, devido a essa fixação, tanto lá no passado quanto no futuro. Se a gente for parar para pensar, a gente vai entender que a própria definição de problema implica a existência do tempo. Um problema nada mais é do que uma situação que a mente rotula como ruim ou como indesejada, e ao qual ela cria uma resistência, ela resiste a essa situação.
16:24 Gérson Floriz: Ao mesmo tempo que ela se projeta mentalmente ou para o futuro ou para o passado. Para o futuro, onde o problema não vai mais existir, ou para o passado, onde esse problema não existia. Nenhum problema pode sobreviver, pode existir na ausência do tempo, quando a gente está na pura presença do agora.
16:46 Gérson Floriz: A mente precisa do tempo para ruminar, para resistir, para criar narrativas de que eu sou vítima ou de que eu sou o agressor. Vamos pensar, por exemplo, no engarrafamento, que é uma situação que pode acontecer com muitos de nós em qualquer momento da vida da gente. Qual é a situação real do engarrafamento? O que está acontecendo enquanto a gente está no engarrafamento? O que acontece é que a gente está parado. Só isso.
17:12 Gérson Floriz: O grande problema que acaba gerando estresse e raiva, a gente vê isso aí, estresse e raiva, enquanto a gente está preso no engravamento, é que a mente resiste à realidade do agora. Ela resiste ao que realmente está acontecendo. Ela está desejando estar em outro lugar. Isso é o futuro.
17:34 Gérson Floriz: Ou, por exemplo, fica pensando, se eu tivesse saído mais cedo, que é algo que deveria ter acontecido lá no passado. Ou seja, ela está presa a situações imaginárias do futuro ou situações imaginárias lá do passado. A mente está presa nesse tempo psicológico que a gente vem falando até agora aqui. E ela transforma essas situações corriqueiras em problemas pessoais, em fontes de sofrimento para a nossa vida. A mente adora os problemas.
18:03 Gérson Floriz: porque essa é a única forma dela existir, é a única forma de reforçar essa identidade dela com o ego, ou a nossa identidade com o ego. Bem, enfim, se a gente começar a refletir sobre o que a gente falou até agora, a gente vai entender que essa identificação que a gente tem com a nossa mente e essa prisão dentro desse tempo psicológico, eles são a raiz dos nossos problemas. Qual é a solução?
18:33 Gérson Floriz: O que a gente tem que fazer para a gente se livrar desse nosso problema? Existe uma prática fundamental que a gente precisa começar a adotar nas nossas vidas, que é começar a observar o pensador, aquele que pensa. E este talvez seja o passo mais importante que a gente vai dar dentro da nossa jornada espiritual.
19:00 Gérson Floriz: E dentro daquilo que a gente está propondo para vocês, baseado no livro O Poder do Agora. A prática de observar o pensador, ela significa que a gente precisa passar a ser testemunha, uma testemunha silenciosa, diga-se de passagem, mas uma testemunha dos nossos próprios pensamentos e das nossas próprias emoções. E como é que a gente faz isso? A gente começa prestando atenção nessa voz.
19:28 Gérson Floriz: que incessantemente fala dentro das nossas cabeças. Não é questão aqui de tentar parar essa voz, de silenciar essa voz. Não é questão aqui de lutar contra essa voz, mas apenas de ouvi-la. Note que esses pensamentos, vocês vão perceber que eles vêm e vão. Tem horas que eles estão mais ativos, tem horas que eles estão menos ativos. Mas a gente vai começar a perceber, se a gente partir para a prática de observar o pensador,
19:58 Gérson Floriz: a gente vai ter padrões repetitivos que acontecem dentro das nossas mentes. São aquelas velhas trilhas sonoras de preocupação, de autocrítica, de reclamação, que ficam tocando dentro das nossas cabeças sem parar. O ponto crucial é adotar a postura de testemunho imparcial, não julgar. Então, imagine que você está sentado na beira de um rio, por exemplo.
20:25 Gérson Floriz: E que esses pensamentos são como, sei lá, as folhas ou os galhos que ficam flutuando no rio, sendo levados pela correnteza. Você apenas, cabe a você ali naquele momento, apenas observar o rio passar. Sem pular dentro do rio, sem correr atrás dos galhos, das folhas, nada disso. A única coisa que a gente faz é observar. E a gente começa a perceber.
20:54 Gérson Floriz: que nessa observação dos nossos pensamentos, do que a nossa mente fica dizendo, que, bom, ali tem um pensamento, né? E que aqui eu estou eu. Eu começo a observar que existem duas instâncias, dois, entre aspas, seres que existem, eu e os meus pensamentos. E essa percepção de si mesmo, do observador que nós passamos a ser,
21:21 Gérson Floriz: Ela é importantíssima, ela é vital. E é muito importante também, como a gente já falou, que você não deve julgar, você não deve condenar aquilo que você está ouvindo, aquilo que você está observando. Se você começar a se criticar... e ter certos pensamentos, por exemplo, sei lá, nossa, que pensamento horrível é isso que está passando pela minha cabeça, nossa, que coisa triste é isso que está passando pela minha cabeça, você simplesmente caiu de novo na armadilha da mente, você deixou de ser o observador. A observação deve ser neutra, ela deve ser desapegada. E quando a gente começa a praticar ser o observador, a gente vai começar a notar que algo...
22:08 Gérson Floriz: extraordinário começa a acontecer conosco. A gente começa a sentir uma certa presença que vem por detrás dos pensamentos, algo que vai além daqueles pensamentos. Uma presença que não é o pensamento em si, ela é algo mais. Eu acho, para mim, isso é a própria consciência que estava ali aprisionada enquanto a gente se deixava levar pelos pensamentos, enquanto a gente prestava atenção somente nos...
22:38 Gérson Floriz: Isso é a presença observadora. Isso é uma testemunha silenciosa que sempre esteve ali. Essa testemunha sempre esteve ali. E nós vamos nos tornar essa testemunha. Vocês vão ver que isso ativa um nível muito mais elevado de consciência em nossas vidas. E para a gente ganhar essa prática, a gente...
23:07 Gérson Floriz: deve tentar fazer ou tornar-se o observador nas atividades rotineiras da nossa vida. Por exemplo, quando a gente vai lavar as mãos. O que a gente devia fazer? A gente devia prestar atenção nas sensações, como a água toca a nossa pele, como o sabão faz a nossa pele ficar lisa, de uma mão, o movimento das mãos, uma mão passando sobre a outra.
23:35 Gérson Floriz: Enquanto a gente faz isso, a gente está presente, a gente está totalmente presente, a gente está observando qualquer pensamento que surja sobre a tarefa ou sobre qualquer outra coisa que, por exemplo, enquanto a gente está lavando as nossas mãos, ocorra em nossas mentes. Um outro bom exemplo, por exemplo, é subir e descer a escada. A gente podia, a gente devia fazer...
24:04 Gérson Floriz: Descer e subir as escadas de forma que a gente sentisse cada passo, cada movimento que a gente estava dando. Observar-se e sentir-se a nossa respiração. Que a gente estivesse ali completamente presente naquele ato de subir e descer as escadas. Observando a nossa mente, observando quando ela está querendo correr para o próximo momento, quando ela está querendo voltar lá para o passado. Estar completamente presente.
24:33 Gérson Floriz: A gente devia e a gente deve fazer isso constantemente nas nossas tarefas cotidianas. E ao invés de ficarmos impacientes, da gente se perder nos nossos pensamentos, a gente devia estar usando esse tempo para observar a nossa mente, sentir o nosso corpo interior. A gente vai falar sobre esse corpo interior mais para frente. Mas a gente devia usar esse tempo para fazer isso. E a gente podia aproveitar essas oportunidades ainda,
25:03 Gérson Floriz: para nos perguntarmos constantemente, o que está acontecendo dentro de mim nesse exato momento? Então, tentar observar respostas. Quais são os pensamentos? Quais são as emoções? As tensões no corpo? Sem julgar, apenas observando. O que a gente ganha com essa prática? Quais são os benefícios que a gente pode ter agora e mais para o futuro?
25:32 Gérson Floriz: No momento em que você passa a ser observador, aquele pensamento compulsivo que a gente tem, ele começa a perder poder. Pois a gente começa a retirar a energia da identificação inconsciente que a gente tinha com a mente. A gente começa a criar espaços no fluxo incessante da mente, naquela voz que não para. A gente começa a criar espaços de vazios, os momentos de mente vazia dentro de nós mesmos, o silêncio interior.
26:02 Gérson Floriz: No início, esses espaços são curtos, mas com a prática, à medida que nós vamos praticando, a gente começa a perceber que esses espaços começam a se tornar mais longos e mais frequentes. Nesses espaços, a gente começa a experimentar uma serenidade, uma paz que a gente não tinha antes. A gente começa a ter essa conexão com o nosso estado natural de unidade com Deus, com a vida.
26:31 Gérson Floriz: a gente começa a perceber que existe uma alegria sutil que começa a brotar dentro de nós. Essa consciência que é retirada da mente, ela se transforma em presença. É isso que o Eckhart Tolle chama de presença. E com o tempo a gente vai começar até poder achar graça da voz que fica dentro da nossa cabeça querendo tagarelar, conversar, falar o tempo todo.
27:00 Gérson Floriz: a gente começa a reconhecer por que ela está ali, porque ela só vai trazer de novo pensamentos condicionados. E a gente começa a perceber que o nosso verdadeiro eu, ele não depende nada dessa voz. Observar o pensador, essa prática, a gente vai entender que ela é o primeiro e essencial passo que a gente pode dar para despertar ou para nos despertarmos do domínio da nossa mente.
27:27 Gérson Floriz: Bom, é isso, gente. Chegamos ao fim desse nosso primeiro episódio da série do livro O Poder do Agora. Já vou convidá-los a não esquecer de fazer a prática guiada, se vocês quiserem. Então, junto com esse episódio, vai sair um, entre aspas, outro episódio com a prática guiada, tá bom? Daqui a uma semana a gente se vê. Eu não falei antes, mas vou aproveitar e vou falar aqui. Os episódios sempre vão sair às terças-feiras.
27:57 Gérson Floriz: Os episódios sempre vão sair às terças-feiras. Então, na próxima semana, se você estiver assistindo na terça, a gente se encontra para o segundo episódio dessa série. Beijos no coração, muita luz e nos vemos na semana que vem.